Na Guiné-Bissau, o Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Africana, Filipe Nyusi, exige a divulgação imediata dos resultados eleitorais de 23 de Novembro, que originou golpe de Estado que a oposição acusa de ser “uma encenação do ex-Presidente, Umaro Sissoco Embaló para entregar o poder aos militares por ter perdido o pleito”.
O ex-Presidente moçambicano, reiterou igualmente que a votação foi pacífica e critica a interrupção do processo.
A reacção de Filipe Nyusi surge após a Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, ter anunciado que não consegue divulgar os resultados das eleições.
A CNE alega apreensão de actas regionais e danos no software do apuramento nacional, o que travou o processo.
Entretanto, o Chefe da Missão da União Africana, pede a publicação imediata dos resultados, afirmando que a votação foi pacífica e transparente e não há motivo para atrasos.
Em declarações à Rádio Moçambique, Nyusi indagou da seguinte forma “as eleições correram bem e existe vencedor. Se eu quiser ser mais modesto, existem resultados e esses resultados devem ser publicados. Não se pode evitar. Por que se evita?”.
Nyusi questionou a falta de clareza na fase pós-eleitoral, lembrando que todo o processo decorreu sem incidentes até ao encerramento das urnas.
“Porque se aceitou que houvesse eleições lá? Porque até à última hora, quando se fechou a urna e se selou depois de terminar, não havia esse problema. Então existem resultados. Tem de se publicar”, frisou.
O responsável reiterou que a missão da UA não tem competência para proclamar vencedores, mas defendeu que a transparência é essencial para garantir a confiança dos cidadãos e da comunidade internacional.
A ausência de divulgação oficial dos resultados das eleições, após o golpe militar de 26 de Novembro tem gerado incerteza e especulação sobre o futuro político do país.
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