Assinala-se nesta terça-feira, 09, o Dia Internacional contra a Corrupção. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. A Convenção consagrou medidas prioritárias de prevenção e combate à corrupção, incluindo a cooperação internacional, a assistência técnica, a recuperação de bens públicos.
Desde então, muitos países implementaram leis anticorrupção, criaram organismos de fiscalização, assim como apostaram no reforço dos sistemas de denúncias. Por cá, alguns entrevistados da Rádio Correio da Kianda, reconhecem a boa vontade do Presidente da República, João Lourenço, ao levantar a bandeira na luta contra este mal, mas alegam por outro lado que, o esforço do titular do Poder Executivo tem encontrado muitos entraves.
O Presidente da Associação Cívica Mãos Livres, que ao longo dos anos vem fazendo denúncias dos actos de corrupção em Angola, Salvador Freire, considera que este fenómeno como um problema endémico que afecta instituições públicas e privadas comprometendo a justiça e o bem-estar social, no âmbito jurídico diz que o combate a corrupção exige uma abordagem multidisciplinares envolvendo a fiscalização e a penalidade e, é preciso que os tribunais funcionem.
Salvador, defende a cultura de denúncias para que os actos de corrupção não tenham os níveis tão altos, o líder da associação cívica diz que a corrupção está em todos sectores “púbicos e privados”.
Já, o vice-Presidente do Partido Liberal, Daniel Pereira, diz que o Presidente da República João Lourenço, em 2017 abraçou o combate a corrupção e esperava-se que este mal fosse extirpado em pelo menos 70%, mas reconhece que o titular do Poder Executivo sempre teve vontade mas pensa que o sistema não permitiu atingir o nível desejado. O político liberal fala também das consequências da corrupção no sector da saúde como o paludismo e de acidentes de viação.
Daniel Pereira, reconhece, por outro lado, que alguma coisa tem sido feita pelo Executivo de João Lourenço, que até a dado momento os supostos intocáveis, alguns foram ouvidos, julgados e devolveram os bens públicos, e a redução do sentimento de impunidade que pairava em Angola.
No primeiro discurso como presidente do MPLA, momento que marcou o encerramento do VI Congresso Extraordinário do partido no poder, João Lourenço apontou como inimigo número um a vencer “a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade, que se implantaram no nosso país nos últimos anos”, “mesmo que os primeiros a tombar sejam militantes ou mesmo altos dirigentes do partido”.
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