O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, fez acusações contundentes hoje, 13, alegando que Ruanda violou os termos do acordo de paz assinado na semana passada para pôr fim à violência no leste da República Democrática do Congo (RDC).
Segundo Rubio, o movimento rebelde Movimento 23 de Março (M23), acusado de estar por trás da crise diplomática entre as autoridades da RDC e de Ruanda, tem sido diretamente apoiado por Kigali, o que coloca em risco o acordo mediado pelos Estados Unidos.
O governo de Ruanda, por sua vez, refutou essas acusações, assim como as autoridades congolesas negaram qualquer envolvimento com grupos anti-ruandeses. A situação se agravou com a recente tomada da cidade de Uvira pelo M23, contrariando o pacto firmado em Washington, que envolveu os presidentes Paul Kagame (Ruanda) e Felix Tshisekedi (RDC), com mediação do presidente dos EUA, Donald Trump.
Em uma publicação no X, Rubio foi enfático, afirmando que as ações de Ruanda na RDC constituem uma violação clara dos Acordos de Washington, prometendo que os Estados Unidos tomarão as medidas necessárias para garantir que os compromissos assumidos pelos líderes sejam cumpridos.
Por outro lado, o braço político do M23, a Aliança do Rio Congo (AFC), emitiu um comunicado responsabilizando o exército congolês e suas milícias juvenis pela violação dos acordos. O autoproclamado presidente do M23, Bertrand Bisimwa, argumentou que, caso o governo congolês insista em retomar o controle do território por meio da força, o movimento também tem o direito de defender as vidas de seus cidadãos.
O impasse persiste e a tensão entre as duas nações, alimentada por acusações mútuas, ameaça prejudicar a estabilidade da região.
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