O Governo da Guiné-Bissau anunciou a suspensão de todas as suas actividades no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), segundo uma nota oficial divulgada esta segunda-feira, 15, pelas autoridades guineenses.
De acordo com o comunicado, a decisão implica o afastamento temporário do país das reuniões políticas, cimeiras, encontros ministeriais e programas de cooperação promovidos pela organização lusófona, que integra nove Estados-membros.
Embora a nota não detalhe, de forma explícita, os fundamentos da suspensão, a medida surge num contexto de tensões políticas internas e de divergências entre Bissau e alguns parceiros internacionais quanto à condução do processo político no país.
Fontes diplomáticas indicam que a decisão poderá estar relacionada com o posicionamento da CPLP em relação à situação institucional guineense, marcada por instabilidade governativa e contestação em torno da legitimidade de órgãos do poder político.
A Guiné-Bissau tem sido, historicamente, um dos países que mais beneficiou da cooperação da CPLP, sobretudo nas áreas da diplomacia, defesa, formação de quadros, saúde e educação, pelo que a suspensão poderá ter impactos na execução de projectos em curso.
Até ao momento, o Secretariado Executivo da CPLP não reagiu oficialmente ao anúncio, limitando-se a aguardar esclarecimentos adicionais por parte das autoridades guineenses, no quadro dos mecanismos diplomáticos da organização.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi criada em 1996 e tem como objectivos a concertação político-diplomática, a cooperação entre os Estados-membros e a promoção da língua portuguesa no mundo.
Crédito: Link de origem
