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Angola condena atrocidades no Leste da RDC e apela ao fim imediato das hostilidades – Correio da Kianda

O Governo angolano manifestou, esta segunda-feira, 29, em Luanda, a sua veemente condenação às atrocidades cometidas contra populações civis no Leste da República Democrática do Congo (RDC), com destaque para as províncias do Kivu Norte e Kivu Sul, onde se regista uma nova escalada de violência, marcada pela recente tomada da cidade de Uvira.

A posição foi expressa pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, durante a 1321.ª Reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, dedicada à situação de segurança no Leste da RDC, realizada por videoconferência.

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia angolana denunciou relatos persistentes de assassinatos, deslocações forçadas de populações, violência sexual baseada no género e recrutamento de crianças-soldado, considerando-os graves violações dos direitos humanos e uma ameaça intolerável à paz, à estabilidade e à dignidade humana na região.

Segundo Téte António, Angola condena igualmente a escalada de violência protagonizada pelo grupo AFC/M23, que nos últimos tempos resultou na ocupação de posições e cidades estratégicas, enfraquecendo de forma significativa as autoridades legítimas congolesas e as Forças Armadas da RDC.

Face ao agravamento da situação, o Governo angolano reiterou a sua defesa da soberania e integridade territorial da RDC, bem como a necessidade urgente de protecção das populações civis, apelando ao cessar-fogo imediato e ao respeito pelos princípios fundamentais do Direito Internacional.

O ministro reconheceu que, apesar das múltiplas iniciativas regionais e continentais — no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, da SADC, da Comunidade da África Oriental e dos esforços de mediação da União Africana —, a paz no Leste congolês continua distante.

Téte António sublinhou ainda que as tentativas de resolução do conflito, reforçadas por intervenções internacionais, incluindo dos Estados Unidos da América e do Qatar, não têm conseguido travar a violência nem garantir a segurança das populações afectadas.

Para o chefe da diplomacia angolana, o actual cenário impõe um exercício de franqueza diplomática, defendendo que a persistência do conflito não resulta da ausência de acordos, mas sim da falta de vontade política para a sua implementação efectiva e séria.

A posição foi tornada pública pelo Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores, em comunicado divulgado em Luanda.

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