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Bloco Democrático minimiza declaração da UNITA e pondera concorrer isolado em 2027 – Correio da Kianda

O Secretário-geral do Bloco Democrático, Mwata Sebastião, partido aliado à UNITA nas últimas eleições de 2022, através da Frente Patriótica Unida (FPU), e forçado a concorrer por imperativo constitucional, minimizou em reação ao Correio da Kianda, a posição do Galo Negro, sobre a não formalização de uma coligação eleitoral para o pleito de 2027.

Referir que o Vice-presidente da UNITA, Álvaro Chikuamanga Daniel, disse que os delegados ao XIV Congresso deram o aval de se formar uma Ampla Frente Patriótica para Alternância em 2027. Álvaro Chikuamanga esclarece que os delegados chumbaram a intenção de uma coligação eleitoral formal ou legal.

“Ocorreu quatro possibilidades para a formalização desta iniciativa que ainda não tem nome. Das quatro perspectivas debatidas ao nível do congresso, as três foram admitidas, ou uma coligação eleitoral na perspectiva de agregação ou cooperação, onde os partidos políticos que aceitarem vão constar na nossa lista. A coligação eleitoral à luz da legislação angolana, não foi aceite pelos militantes da UNITA, isso que fique claro”, sublinhou em declarações à Rádio Essencial.

Para Mwata sebastião, as resoluções e recomendações dos congressos são “soberanas”, pelo que o seu cumprimento é de carácter obrigatório.

“O que o Álvaro Chikuamanga disse, na qualidade de vice-presidente é o que vincula a UNITA e é o resultado do congresso, como sabe os congressos são órgãos soberanos, e aquilo que é decido é o que deve ser cumprido, portanto não vincula o Bloco Democrático”, frisou.

Mwata Sebastião disse igualmente que o compromisso com a UNITA por intermédio da FPU termina em 2027, altura em que caso persiste esta narrativa do Galo Negro, o Bloco Democrático tomará uma decisão que deve ser pública sobre a sua participação no próximo pleito.

“Nós temos uma compreensão muita clara, e esta advém desde o momento que entendemos, em 2022 que era necessário que as forças políticas da oposição unissem forças, no caso a UNITA, a sociedade civil e na altura o PRA-JA Servir Angola, por intermédio da FPU, tinha ficado claro que qualquer decisão que fosse tomada no sentido da não legalização da coligação no caso a FPU, o Bloco Democrático não faria parte, na medida que há uma condicional legal que nos força a concorrer, sob pena de ser extinto”, esclareceu.

Para o político, a posição do Bloco Democrático “não coloca as duas forças de costas viradas”, assegurando que tudo ficará claro em 2027.

“Esta decisão que o congresso da UNITA deliberou não é uma decisão que vincula o Bloco Democrático, uma vez que o partido tem de concorrer, porque sempre defendemos a necessidade sim de uma Frente Patriótica Unida para o próximo pleito, mas no sentido de coligação, das forças continuarem juntas”, sublinhou.

Estas declarações de acordo com especialistas em assuntos políticos evidenciam que poderá gerar uma crise entre as duas forças políticas pelo facto de o Bloco Democrático ter abdicado de concorrer isoladamente no pleito de 2022, por conta da propalada união dos partidos da oposição para o alcance do poder, situação que a UNITA se relega a fazer em formato legal de coligação.

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