A comunidade Económica dos Estados da África Ocidental anunciou nesta segunda-feira a realização de um novo pleito eleitoral na Guiné Bissau, e um novo governo inclusivo, ao contrário do actual governo militar de transição.
O anúncio foi feito no final da sexta sessão ordinária de chefes de Estados e de governo na organização, que a cidade de Abuja, na Nigéria acolheu para analisar a situação da segurança na sub-região do continente africano, que é a CEDEAO.
Ao apresentar a resolução da organização, o Presidente da CEDEAO, Omar Touray, afirmou que “a autoridade rejeita o programa de transição, que recentemente anunciado pela liderança militar na Guiné-Bissau, e apela à rápida restauração da ordem constitucional”.
Omar Touray apelou ainda para a libertação imediata de todos os presos políticos na Guiné-Bissau, ao respeito do direito de todos os actores políticos a participarem em todos os processos políticos do país.
Segundo o presidente da CEDEAO, a organização exige ainda uma “transição curta, que deve ser liderada por um governo inclusivo que reflicta o espectro e a sociedade da Guiné-Bissau”.
A força militar da CEDEAO, acrescentou Omar Touray, está autorizada a intervir na Guiné-Bissau, como forma de proteger todos os líderes políticos e instituições públicas.
“A autoridade solicitou ao seu presidente que liderasse outra missão de alto nível à Guiné-Bissau para um maior envolvimento com as autoridades da Guiné-Bissau”, bem como ordenou “ao Comité de Chefes de Estado-Maior da CEDEAO que seja enviado imediatamente com base num mandato semelhante”, disse.
Informou ainda que o incumprimento da decisão da organização, para uma transição curta, liderada por um governo de transição, não foi acatada, razão pela qual implica a imposição de sanções específicas a indivíduos ou grupos de pessoas ou o processo de retoma do país à ordem constitucional.
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