Especialistas alertam para caminho insustentável do endividamento externo angolano – Correio da Kianda
O especialista em gestão e administração pública, Denílson Duro, afirmou hoje, 11, à Rádio Correio da Kianda, que “o problema do endividamento em Angola é que são feitos para projectos que não têm sustentabilidade nem retorno do endividamento”.
Para Denílson Duro, quanto mais um Estado endivida-se e numa perspectiva de insustentabilidade, acaba por tirar a sua capacidade de posicionamento geopolítico ou geoestratégico, daí estar a alertar sob a necessidade sobre a multiplicidade das fontes de financiamento para que o Estado angolano não esteja à reboque de um único Estado.
“Nós nos endividamos, mas em projectos que não têm sustentabilidade e nem têm retorno sobre o investimento. Na dimensão geoestratégica, quem te deve te controla, e quanto mais um Estado endivida-se e numa perspectiva de insustentabilidade, está a tirar a sua capacidade de posicionamento geopolítico e geoestratégico”, sublinhou.
Já o economista José Macuva disse que para o endividamento ser sustentável deve estar num nível aceitável, criticando por outro lado, o Governo angolano que se endivida dia após dia, o que na sua perspectiva leva a concluir que a “dívida esteja a ser feita de forma descontrolada”.
“Se olharmos para aquilo que são as estatística, vemos que a dívida estatal angolana é bastante elevado, e dia após dia o governo endivida-se”, frisou.
Por sue turno, o director do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíada, Heitor de Carvalho, critica a quantidade de dívida do país para com outros Estados.
“Os juros da dívida angolana variam entre os 20 e 30% da nossa despesa, o que torna insustentável o endividamento externo contraído pelo governo”, sublinhou.
As declarações foram feitas aquando do espaço “Tem a Palavra” do programa Capital Central, desta emissora que abordou o tema: financiamento externo em Angola, necessidade estratégica ou dependência financeira.
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