Imprensa descreve como “cenas de guerra” conflito que deixou mais de 60 mortos no Brasil – Correio da Kianda

Um total de 64 pessoas, dentre elas quatro polícias, foram mortas, após mais de doze horas de conflito entre as forças militares e traficantes de uma comunidade da zona norte do Rio de Janeiro, Brasil, nesta terça-feira, 29.

Chamada de “Operação Contenção”, a acção conjunta das polícias Civil e Militar daquele Estado do Sudeste brasileiro, decorreu nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem diversas comunidades na Zona Norte da capital fluminense.

A operação mobilizou perto de 2.500 agentes das forças estaduais de segurança, e, segundo comunicado das autoridades locais, “foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes local”.

“O objectivo principal era combater a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho e cumprir 100 mandados de prisão contra integrantes e lideranças criminosas do CV”, lê-se no comunicado conjunto da Secretaria de Segurança Pública (SESP) e o Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Entretanto, o que se viu foi um verdadeiro cenário de guerra com uso de drones, por ambas as partes, e por parte das autoridades, dois helicópteros, 32 blindados e doze veículos de demolição.

Vídeos postos a circular nas redes sociais mostram ainda dezenas de criminosos armados fugindo para região de mata na comunidade, bem como atirando bombas com utilização de drones.

Além dos 64 mortos, número este ainda a ser actualizado, 81 pessoas foram presas. Foram retidos 93 fuzis, o que, segundo a imprensa local, é “um número que superou os balanços mensais de apreensão dessa arma em quase todos os meses do ano, ficando próximo do recorde histórico”.

Perto das 06 horas de hoje, 10h em Angola, o Centro de Operações e Resiliência (COR) da prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que “a cidade retornou ao estágio 1, o menor em uma escala de 5, que significa que não há ocorrências de grande impacto. O estágio 2 havia sido accionado às 13h48 de ontem, por causa das interdições em diversas ruas e dos problemas nos modais de transporte”, destaca a Agência Brasil.