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João Lourenço denuncia “campanhas enganadoras” e rejeita decisões paralelas sobre sucessão no MPLA – Correio da Kianda

O Presidente do MPLA, João Lourenço, denunciou este sábado, 13, em Luanda, aquilo que classificou como “campanhas enganadoras e de má-fé”, dirigidas sobretudo à juventude, que tentam fazer crer que a escolha do próximo candidato presidencial do partido já estaria decidida por alegados “mais velhos”.

Falando durante o acto político de massas, enquadrado nas comemorações dos 69 anos do MPLA, João Lourenço afirmou que não existe, nos estatutos do partido, nenhum órgão informal acima das instâncias legalmente consagradas para tomar decisões dessa natureza.

“Os órgãos de decisão do partido são conhecidos, estão no estatuto: é o Bureau Político, é o Comité Central e é o Congresso”, sublinhou, ironizando a ideia de um suposto órgão denominado “nós, os mais velhos”.

O líder do MPLA saiu em defesa dos militantes mais antigos, afirmando que estes não tomaram qualquer decisão à margem das estruturas partidárias, contrariando narrativas que circulam no espaço político.

“Os mais velhos não disseram isso. Há quem diga que disseram, mas não disseram”, frisou, alertando que tais discursos colocam em causa a ordem interna do partido.

João Lourenço classificou esse tipo de posicionamento como “anarquia”, garantindo que o MPLA vai combatê-la “com todas as forças”, por considerar que fragiliza a organização e o processo democrático interno.

No seu discurso, o Presidente do MPLA defendeu que a escolha do futuro candidato presidencial deve obedecer a critérios de competência e responsabilidade nacional, e não apenas partidária.

“Não estamos só a pensar no MPLA, temos que pensar na nação. Temos que escolher o melhor candidato para a nação”, afirmou, acrescentando que quem o vier a suceder deve governar melhor do que ele próprio.

“Eu sentir-me-ei muito orgulhoso se ele fizer mais e melhor do que eu estou a fazer hoje”, disse.

Recorrendo à metáfora da corrida de estafetas, João Lourenço explicou que a governação implica continuidade e preparação atempada da sucessão, defendendo que o próximo líder deve estar em melhores condições físicas, políticas e intelectuais para assumir a liderança do país.

“Quem receber o testemunho tem que estar mais fresco do que eu, com mais conhecimentos e a lição bem estudada”, enfatizou.

O Presidente deixou um apelo direto aos militantes, em particular aos jovens, para que não se deixem manipular por discursos que, segundo afirmou, não têm base estatutária nem legitimidade política.

“Não se deixem enganar por pessoas mal-intencionadas que dizem que os mais velhos já decidiram. Quem diz isso não está de boa fé”, advertiu.

As declarações surgem num momento em que se intensificam debates e especulações em torno do futuro político do MPLA e do processo de sucessão presidencial, numa altura em que o partido se prepara para novos desafios eleitorais e internos.

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