Ministros da CPLP reúnem-se esta semana para discutir golpe de Estado na Guiné-Bissau – Correio da Kianda
Os ministros dos Negócios estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão reunir-se, ainda esta semana para discutir o golpe de Estado ocorrido na Guiné-Bissau, país membro da organização na sequência das eleições gerais ocorridas naquele país africano da lusofonia.
O anúncio é do ministro dos Negócios estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, que segundo a CNN Portugal, obteve aprovação dos seus homólogos, faltando neste momento ao acerto da data e hora da reunião.
“Eu estive todo o fim de semana alargado em consultas com todos os meus homólogos da CPLP, sem exceção […], nós vamos ter uma reunião ministerial que será muito em breve, ainda estamos a acertar a hora e o dia, mas será, com certeza, até ao fim de semana, para fazermos uma avaliação da situação, porque existe aqui uma outra questão: a Guiné-Bissau tinha a presidência temporária, durante dois anos, da CPLP”, disse Paulo Rangel aos jornalistas.
À margem de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas na Bélgica, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou que o golpe de Estado “tenha provocado a destruição de um processo eleitoral e a destruição física dos elementos que permitiriam ainda apurar o resultado”.
“A missão de observação da CPLP tinha considerado que o processo tinha corrido francamente bem e que estava em condições de ser anunciado o resultado”, sustentou o governante, insistindo na condenação do Governo português ao golpe de Estado e apelando à libertação e respeito dos direitos de todos os cidadãos, incluindo os que se opõem ao executivo formado depois de ser tomado o poder pela força.
Paulo Rangel acrescentou que ontem de manhã conversou com os homólogos da CPLP e pede ao Governo que tomou o poder que “tudo faça para que rapidamente, o mais depressa possível”, sejam libertadas as pessoas detidas e que permita que as pessoas que se esconderam com receio de ser detidas e de eventuais represálias “possam aparecer sem qualquer ameaça”.
O primeiro Conselho de Ministros do Governo de transição da Guiné-Bissau realizou-se na terça-feira, no mesmo dia que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou que está impossibilitada de tornar públicos os resultados das eleições legislativas e presidenciais do passado dia 23, em razão de a sua sede ter sido vandalizada “por homens armados e encapuzados” no passado dia 26.
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