MPLA destaca “liderança diplomática” de João Lourenço para alcance da paz entre RDC e Rwanda – Correio da Kianda
O MPLA destacou esta quinta-feira, 04, “a liderança diplomática” do Presidente João Lourenço, “demonstrada no processo que culminou, hoje, em Washington, com a assinatura do acordo de paz entre a República Democrática do Congo e o Rwanda”.
Num comunicado ao qual o Correio da Kianda teve acesso, o Bureau Político do Comité Central do partido no poder disse que “este marco histórico representa não apenas um triunfo do diálogo e da diplomacia africana, mas também um testemunho claro” do compromisso do Chefe de Estado angolano, “com a estabilidade regional, a prevenção de conflitos e a promoção de soluções pacíficas sustentáveis”.
O conflito chegou a tal ponto que a República Democrática do Congo e o Rwanda quase chegaram a um enfrentamento directo, em 2024. A mediação de Luanda foi fundamental para que a tensão entre Kinshasa e Kigali, com Félix Tshisekedi e Paul Kagame, proferindo acusações mútuas, não escalasse para um cenário ainda mais complexo.
“A intervenção activa de Angola reforça o prestígio do nosso país no cenário internacional e evidencia a capacidade estratégica do Chefe de Estado em construir consensos e promover a cooperação entre nações irmãs”, destaca o comunicado.
Hoje, os presidentes de Angola, Burundi, Quénia, Togo e Qatar, juntaram-se a Donald Trump (EUA), Félix Tshisekedi (RDC) e Paul Kagame (Rwanda), em Washington DC, para a assinatura do Acordo de Paz, cujas discussões iniciaram em 2022, na capital angolana.
O conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC) é uma crise prolongada, alimentada pela disputa por recursos minerais valiosos e pela instabilidade política, que remonta ao genocídio de Rwanda em 1994. A região é palco da actuação de inúmeros grupos armados, como o M23, que disputam poder com o governo central. Essa violência resultou em milhões de mortes, deslocamentos e crises humanitárias, além de ameaçar a segurança regional e o meio ambiente.
Estima-se que o conflito já tenha causado milhões de mortes, 6,9 milhões de deslocados internos e quase 1 milhão de refugiados, de acordo com estimativas da ONU. A violência e a crise humanitária são graves, afectando especialmente comunidades em áreas como Ituri.
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