Chegou, finalmente, o grande dia. África pára, respira futebol e volta a reunir-se em torno da sua maior festa desportiva. Arranca hoje, 21, a Taça das Nações Africanas, CAN Marrocos 2025, competição que, mais do que um torneio, é identidade, orgulho e paixão continental.
O pontapé de saída é dado esta noite, às 20 horas, com o anfitrião Marrocos a medir forças com as Comores, num jogo inaugural que promete casa cheia, festa nas bancadas e o habitual nervosismo de quem carrega a responsabilidade de abrir a prova.
Esta edição do CAN chega com novos recordes e maior ambição. A Confederação Africana de Futebol (CAF) decidiu aumentar o prémio do campeão para 10 milhões de dólares, contra os anteriores 7 milhões, sinal claro de valorização da competição e de exigência crescente aos protagonistas dentro das quatro linhas.
Enquanto alguns sonham com o título, outros entram em campo para reescrever a própria história. Moçambique, Benin, Tanzânia e Botswana chegam ao CAN 2025 carregando um dado estatístico pesado: nunca venceram um jogo numa fase final da prova. Para essas seleções, cada partida será uma batalha pela afirmação e pela quebra de um ciclo que já dura décadas.
É neste contexto de ambição, pressão e expectativas que Angola entra em cena.
Os Palancas Negras estreiam-se na segunda-feira, 22, diante da África do Sul, às 17 horas, em Marraquexe, no jogo referente à primeira jornada do Grupo B.
O respeito pelo combinado angolano é evidente. O seleccionador sul-africano, Hugo Broos, não escondeu a importância do duelo diante da “Toda Poderosa” Angola, classificando o encontro como decisivo para o futuro da sua seleção no grupo.
“Se não vencermos Angola, é como jogar com uma faca na garganta”, admitiu Broos, sublinhando a necessidade de um início forte e concentrado desde o primeiro minuto.
A partida será dirigida pelo árbitro sudanês Mahmood Ismail, de 37 anos, escolhido pela CAF para conduzir um confronto que opõe duas das melhores seleções da África Austral, num embate onde não há margem para erros.
O CAN começa hoje. Angola entra segunda-feira.
E, como sempre, quando os Palancas jogam, o país inteiro joga com eles.
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