Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) chegaram nesta sexta-feira, 19, a acordo em Bruxelas, para conceder um apoio de 90 mil milhões de euros à Ucrânia para os próximos dois anos, anunciou o presidente do Conselho Europeu.
“Temos um acordo. A decisão de conceder 90 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia para 2026-27 foi aprovada. Comprometemo-nos e cumprimos”, anunciou António Costa, na sua conta oficial na rede social X, ao cabo de mais de 15 horas de negociações numa cimeira em Bruxelas.
António Costa disse que o apoio de 90 mil milhões de euros é “crucial para alcançar paz justa”.
O compromisso a nível dos 27 foi alcançado em torno daquele que era designado o “plano B”, a emissão de dívida conjunta, dado o “plano A”, um empréstimo de reparações com base nos ativos russos imobilizados, não ter obtido consenso, designadamente devido à rejeição da Bélgica.
Acabaram por optar pela segunda opção, assente na emissão de dívida conjunta para mobilizar dinheiro para a Ucrânia, aproveitando a margem orçamental como garantia para Bruxelas ir aos mercados.
O Fundo Monetário Internacional estima que as necessidades da Ucrânia para os próximos dois anos sejam de cerca de 137 mil milhões de euros, querendo a UE dar-lhes resposta com perto de dois terços.
O Governo belga exigia garantias e compromissos claros dos outros Estados-membros para se proteger juridicamente, já que não queria assumir o risco de poder ficar sem as verbas se a Rússia não pagar reparações, e continuou irredutível nas negociações, levando os líderes da UE a optar pelo “plano B”.
“Dinheiro hoje ou sangue amanhã” afirmaram os 27 estados membros da União Europeia.
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