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Violação do Acordo de Paz entre RDC e Rwanda implicará sanções pesadas, alerta especialista – Correio da Kianda

O especialista em relações internacionais, Adalberto Malú, disse à Rádio Correio da Kianda, ser fundamental destacar que a assinatura deste acordo por parte do Rwanda, serve de confirmação de que Kigali apoia os insurgentes do M23, acusação que Paul Kagame, recusou intransigentemente ao longo deste tempo de conflito armado.

O especialista antevê igualmente pouca margem de incumprimento do referido acordo, devido ao peso político que o mesmo acarreta, pelo facto de ser assinado na capital norte-americana, diante de Donald Trump e de líderes mundiais e africanos.

Para Adalberto Malú, em caso de violação do acordo, os dois países podem enfrentar sanções como isolamento diplomático e perda de apoio e investimentos externos.

“Se haver violação isso implicará sanções pesadas, e na minha perspectiva nenhum dos dois países está interessado em enfrentar a pressão internacional”, sublinhou, destacando por outro lado que a assinatura do acordo não dependeu apenas de aspectos geopolíticos, mas também económicos devido o impacto do normal funcionamento do Corredor do Lobito.

No seu discurso, durante a assinatura do Acordo de Paz entre a República Democrática do Congo e o Rwanda, o Presidente da República, João Lourenço, demonstrou o quanto o conflito no Leste da RDC, que se arrasta por mais de trinta anos, tem prejudicado o desenvolvimento do continente africano.

O Chefe de Estado disse que “a Região dos Grandes Lagos é das mais ricas do mundo, rica em recursos hídricos, terras aráveis, florestas e recursos minerais que estão no subsolo, mas, sobretudo, rico nas suas pessoas com potencial muito grande para desenvolver aquela região de África, que pode catapultar o desenvolvimento de outras regiões do continente”.

Os presidentes de Angola, Burundi, Quénia, Togo e Qatar, juntaram-se esta quinta-feira, 04, a Donald Trump (EUA), Félix Tshisekedi (RDC) e Paul Kagame (Rwanda), em Washington DC, para a assinatura do Acordo de Paz, cujas discussões iniciaram em 2022, na capital angolana.

Dentre essas consequências, está, segundo João Lourenço, a impossibilidade de se desenvolver a agricultura e a electrificação, o que acaba por contribuir para o atraso do desenvolvimento de África.

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